Evento discute situação das mulheres negras na gestão pública

O evento, transmitido ao vivo pelo Youtube, é o último de uma série promovida pelo Grupo de Estudos Estado, Gênero e Diversidade (Egedi) da FJP durante o mês da Consciência Negra

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) para o ano de 2020, as mulheres ocupam apenas 25% dos assentos legislativos em todo o mundo e apenas 21% dos cargos ministeriais. Os números são ainda menores quando se trata de mulheres negras. O assunto será tema do terceiro e último evento do ciclo de palestras promovido pelo grupo de estudos Estado, Gênero e Diversidade (Egedi), da Fundação João Pinheiro, em razão do mês da Consciência Negra.

Com o título Ser mulher, ser negra e ser gestora: um estudo de caso no poder executivo de Minas Gerais, o evento está marcado para a próxima quarta-feira, 24/11, e será transmitido ao vivo a partir das 14h no canal da FJP no YouTube.

A palestrante convidada, Julye Beserra, é especialista em políticas públicas e gestão governamental (EPPGG) formada pela FJP. Em um estudo realizado para discutir a paridade de gênero na administração pública em uma perspectiva que considere os atravessamentos raciais da questão, Julye desenvolveu uma investigação centrada na representação das mulheres negras no poder Executivo de Minas Gerais. O estudo, que explora os mecanismos que contribuem para a exclusão de mulheres negras das posições de liderança e discute ferramentas que possam influenciar positivamente no sucesso desse grupo, será o foco da apresentação da especialista no evento desta quarta. O também EPPGG, membro do Egedi e coordenador do Observatório das Desigualdades, Matheus Arcelo, fará a moderação do debate.

Contexto – Na Câmara dos Deputados, apenas 15% dos eleitos em 2018 foram mulheres e, no Senado brasileiro, as mulheres representam apenas 13% dos políticos. As lideranças executivas são semelhantes: as mulheres representam apenas 3,7% dos governadores e 11,9% dos prefeitos.

Em Minas Gerais, 31% dos cargos de primeiro nível do gabinete são ocupados por mulheres. Uma lente interseccional revela uma precariedade ainda maior das mulheres negras para alcançar postos de comando e poder. Embora representem 28% da população brasileira, elas ocupam apenas 2,5% dos assentos na Câmara dos Deputados e 5% no Senado.

Ser mulher, ser negra e ser gestora: um estudo de caso no poder executivo de Minas Gerais

Data: 24 de novembro

Horário: 14h

Local:  is.gd/YouTubeFJP