MG tem 3,7 milhões de mulheres responsáveis por domicílios e 65,1% delas são negras

Edição especial do Boletim Mercado de Trabalho Mineiro, produzido pela FJP e Sedese/MG, por meio do Observatório do Trabalho de Minas Gerais, foca na população feminina do estado

Entre os 3,7 milhões de mulheres à frente de domicílios em Minas Gerais (2023), 65,1% são negras. Entre brancas e negras, a predominância etária das “chefes” de domicílios está entre 40 e 59 anos, com tendência a aumento, nos próximos anos, da participação de faixas etárias mais jovens. Os dados são parte do Boletim do Mercado de Trabalho Mineiro, edição especial Mulheres, produzido pela Fundação João Pinheiro (FJP) e pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG), por meio do Observatório do Trabalho de Minas Gerais.

O informativo também mostra que, em 2023, houve aumento no número de mulheres que chefiavam domicílio nos níveis de escolaridade mais avançados, tanto negras quanto brancas: mulheres com ensino médio completo correspondiam a 31,1% daquelas de cor ou raça branca e a 33,7% das negras. No caso do ensino superior completo, havia 26,5% das mulheres brancas “chefes” de domicílio e 12,7% das negras.

Em Belo Horizonte, a proporção de mulheres brancas que encabeçavam o lar em 2023 correspondia a 31% e, entre negras, a 39,2%.

Renda e ocupação – Entre 2012 e 2023, o rendimento domiciliar aumentou 10,4% para as mulheres brancas e 11% para as negras em Minas Gerais. Ainda assim, a renda domiciliar dos lares chefiados por mulheres, tanto negras quanto brancas, correspondia a 82,1% da renda dos domicílios chefiados por homens.

No ano passado, 32,4% das mulheres brancas e 32,9% das mulheres negras chefes de domicílios, estavam empregadas com carteira de trabalho assinada. No período, 21,2% das brancas e 19,4% das negras trabalhavam por conta própria, enquanto a proporção de mulheres negras responsáveis pelos domicílios trabalhadoras domésticas totalizou 19,1%; a de brancas, 10,5%.

Em 2023, as mulheres negras estavam, em sua maioria, no grupo Trabalhos dos serviços, vendedores dos comércios e mercados (30,2%) e no grupo Ocupações elementares (28,8%). Já as brancas, no mesmo período, estavam inseridas no grupo dos Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados (27,8%), seguidos por Profissionais das ciências e intelectuais (22,3%).

 

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