Minas Gerais criou 97 mil empregos formais em 2019
Resultados para dezembro seguiram sazonalidade do período, que é de retração no mercado de trabalho, mas ainda foram os melhores desde 2012
Minas Gerais gerou 97.720 empregos formais em 2019, o melhor resultado desde 2013, equivalente a 15,2% do saldo acumulado no país. Os dados fazem parte do Informativo FJP Estudos Populacionais – Emprego e Renda Nº 01/2020 da Fundação João Pinheiro (FJP), divulgado nesta quarta-feira, 29/1, e são relativos ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia.
No acumulado do ano de 2019, todas as Regiões Geográficas Intermediárias (RGInt) também apresentaram saldo positivo, com destaque para as de Belo Horizonte (50.640), Uberlândia (6.739), Ipatinga (6.662) e Juiz de Fora (6.463).
Sazonalmente, o mês de dezembro apresenta contratação líquida negativa, mas o resultado de dezembro (-35.888) de 2019 foi o melhor desde o início da série em 2012, referente à diferença entre 111.101 admissões e 146.989 desligamentos. Esse resultado é esperado para a época do ano devido aos desligamentos dos trabalhadores contratados para trabalhar temporariamente no final do ano, além de eventuais ajustes sazonais nos setores de serviços, indústria de transformação, construção civil e agropecuária.
Na análise das RGInt do estado, o último mês do ano apresentou saldo de empregos negativo em todas, com destaque para as de Belo Horizonte (-10.691), Divinópolis (-5.110) e Patos de Minas (-3.653). As menores retrações ocorreram nas de Governador Valadares (-423), Teófilo Otoni (-531) e Barbacena (- 602).
Dos 853 municípios de Minas Gerais, o Ministério da Economia só disponibiliza a variação do emprego para aqueles com população superior a 30 mil habitantes; isso significa 109 municípios (12,7% do total do estado), mas engloba a maioria (66,3%) da população. Em 2019, 67 municípios tiveram desempenho positivo e 42, variação negativa do emprego.
Municípios – Em 2019, o município de Mariana foi o que apresentou melhor desempenho relativo no estado, com acréscimo de 16,9% de empregados em regime celetista e saldo de 2.071 novos postos de trabalho, seguido de Nova Lima, com 11,9% (5.650 postos) e Almenara, com variação de 11,7% (saldo de 460 postos). Negativamente, destacam-se os municípios de Arcos, com variação negativa de 6,1% (saldo de -654 postos), Paracatu -5,6% (-1.113 postos) e Andradas, -3,8% (-366 postos). O município de Belo Horizonte, responsável por 22,7% do mercado formal de trabalho do estado, teve saldo líquido de 22.703 empregos no ano, que representa uma variação de 2,5%, e respondeu por 23,2% do total gerado.
Setores – No acumulado do ano, apenas o setor da Agropecuária teve saldo negativo, com redução líquida de 2.525 empregos. Os saldos positivos, em ordem decrescente, foram de 55.213 empregos no setor de Serviços; 19.021 na Construção Civil; 12.842 no Comércio; 9.842 na Indústria de Transformação; 2.413 na Extrativa Mineral; 617 nos Siup; e 297 na Administração Pública.
Levando-se em consideração o estoque de emprego em cada setor, nota-se que o melhor desempenho no ano ocorreu na Construção Civil, em que o saldo de 19.021 representou acréscimo de 7,72% no número de empregados celetistas. Variações positivas de destaque também foram observadas na Indústria Extrativa Mineral (4,04%) e no setor de Serviços (3,43%)
Na análise mensal, com exceção do Comércio (2.713), todos os demais setores apresentaram saldo negativo em dezembro de 2019: Serviços Industriais de Utilidade Pública – Siup (-68), Administração Pública (-322), Extrativa Mineral (-709), Construção Civil (-7.018), Serviços (-11.086), e a Indústria de Transformação (-13.114).
Base de dados – As informações do Caged contêm dados encaminhados à Secretaria do Trabalho – Ministério da Economia (ST/ME) até o dia 7 de cada mês, por todos os estabelecimentos que tiveram movimentação de trabalhadores com carteira assinada. A série com ajuste incorpora as declarações entregues fora do prazo, recebidas até 12 meses após a competência de referência. Desta forma, os dados para dezembro de 2019 ainda se encontram sem ajuste.