MG bate recorde com mais de US$11 bi em saldo comercial nos primeiros cinco meses do ano

Só em maio, o estado registrou superávit de US$2,5 bilhões. Café e produtos metalúrgicos são os produtos mais exportados e China continua o principal parceiro comercial de Minas de acordo com informações divulgadas pela Fundação João Pinheiro

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, as exportações de Minas Gerais cresceram 5,8% e as importações encolheram 1,7% na comparação com o mesmo período de 2023. Com isso, o estado registrou novo recorde de U$$11,1 bilhões no saldo comercial no período de 2020 a 2024. Em maio, o superávit foi de US$2,5 bilhões; as exportações alcançaram US$3,8 bilhões; as importações, US$1,3 bilhão.

Os dados do comércio internacional de Minas Gerais divulgados pela Fundação João Pinheiro (FJP) estão disponíveis em um painel interativo com informações baseadas nos números da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic). O painel interativo é uma forma de auxiliar gestores públicos na criação de políticas públicas baseadas em evidências. A ferramenta expande as possibilidades de análise da composição e dos fluxos do comércio internacional de Minas Gerais e sintetiza uma base de dados com valores de exportação, de importação, do saldo comercial e dos principais parceiros e produtos comercializados no estado com outros países para o período de 2020 a maio de 2024.

Números – Em comparação com as exportações dos cinco primeiros meses de 2023, o acumulado de 2024 registrou crescimento de 16,6% nas exportações de minério de ferro, o que representa uma participação de 35%. Nas importações, a retração de 1,7% foi resultado da queda mais expressiva das importações de combustíveis minerais (-11,3%) e de produtos químicos (-40%), frente ao aumento das importações de máquinas e equipamentos mecânicos (+15,1%) e máquinas e equipamentos elétricos (+15,2%).

Na comparação entre maio de 2024 e maio de 2023, as exportações recuaram 6,7%; as importações, 9,9%. O estado se posicionou como o segundo maior exportador do país, com participação de 12,6%, atrás apenas de São Paulo (18,6%). No Brasil, o superávit foi de US$8,5 bilhões em maio de 2024 com recuo de 7,1% nas exportações e estabilidade das importações (+0,5%).

Em Minas Gerais, também comparando maio de 2024 a 2023, as exportações de café e produtos metalúrgicos cresceram 46,4% e 6,6% respectivamente. Os outros três principais produtos exportados registraram queda nesta mesma base de comparação: minério de ferro, -12,3%; soja, -23,6%; ouro, -8,6%. Juntos, esses cinco produtos corresponderam a mais de 70% da pauta de exportações do mês, com destaque para a participação do minério de ferro (32,8%).
Nesse mesmo cenário de maio, à exceção das importações de combustíveis minerais, que cresceram 33,4%, as de veículos automóveis (-10,2%), máquinas e equipamentos mecânicos (-10,9%), máquinas e aparelhos elétricos (-35,2%) e adubos (-2,5%) retraíram-se. Esses cincos produtos alcançaram quase 60% do valor total das importações mineiras em maio de 2024.

Os principais destinos das exportações de Minas Gerais foram a China, cuja participação no valor total passou de 40,6% em maio de 2023 para 41,2% em maio de 2024, e os Estados Unidos, participação de 9% frente a 8,4% na mesma base de comparação. China e Estados Unidos também foram as principais origens das importações, com participação de 21,3% e 11,6% respectivamente.

 
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