No mundo do trabalho é possível perceber grande avanço da autonomia econômica das mulheres. Mas, é também nesse espaço que se constata uma profunda desigualdade de gênero. No Brasil, as conquistas podem ser vistas pelo aumento da participação das mulheres na população economicamente ativa (PEA); pela ampliação da inserção das mulheres em postos de trabalho que exigem maior qualificação e estão no topo das organizações; pela ampliação dos direitos das empregadas domésticas e ampliação do leque ocupacional, especialmente para determinados grupos, geralmente com maior nível educacional. No entanto, o desemprego continua atingindo muito mais as mulheres do que os homens; as diferenças de rendimentos permanecem expressivas, mesmo levando em conta a extensão da jornada de trabalho e a escolaridade; as trajetórias profissionais das mulheres contam com diversos obstáculos ao longo do caminho e ainda esbarram no “teto de vidro”, ou seja, nas barreiras invisíveis (mas poderosas), que dificultam ou impedem a ascensão das mulheres a cargos de comando, mais prestigiados ou rentáveis.
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