Grupo de estudos da FJP discute presença de mulheres e diversidade nas casas legislativas

Evento gratuito e aberto ao público terá participações presenciais e virtuais de especialistas do Brasil e da Bélgica

Na próxima terça-feira, 26/9, a partir das 9h, o Grupo de Estudos Estado, Gênero e Diversidade, da Fundação João Pinheiro (Egedi/FJP), realiza o 1º seminário Projeto Ocupa – Presença de mulheres e diversidade nas casas legislativas. Parte do Projeto de Pesquisa Violência Política de Gênero e Raça, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), o evento é gratuito, aberto ao público e será realizado de forma híbrida no auditório principal da FJP (Alameda das Acácias, 70, São Luís – Pampulha), com transmissão pelo YouTube.

Realizado em parceria com o Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (Nepem/UFMG), o seminário propõe reflexão sobre as experiências de legislaturas femininas e feministas no Brasil, suas possibilidades, limites e desafios. A ideia é, também, provocar a discussão sobre as chamadas “mandatas coletivas” e suas inovações em termos de tecnologias de participação social e de democracia.

Representatividade – Informações divulgadas pelo Senado Federal em outubro de 2022 mostraram que, nas eleições daquele ano, foram eleitas 91 deputadas federais e dez senadoras, aumentando de 15% para 17,7% a representação feminina no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, o número de pessoas negras eleitas também aumentou 26% em relação à eleição anterior: de 123 em 2018 para 135 em 2022. O pleito do ano passado também elegeu, pela primeira vez na história do país, duas mulheres trans como deputadas Federais.

Ainda assim, de acordo com a Agência Câmara de Notícias, apesar do aumento de 36,25% das candidaturas de pretos e pardos nas últimas eleições, em comparação com as de 2018, o número de eleitos cresceu apenas 8,94%, de 123 em 2018 para 134 em 2022. Autodeclarados indígenas eleitos aumentaram de um para cinco em 2022, e os amarelos, que eram dois, agora são três. Apesar de ter sido registrada queda no número de deputadas e deputados brancos nas últimas eleições, elas e eles ainda representam 72% do total em um país em que 55,9% da população (Pnad Contínua 2022) se autodeclara parda e preta. 

Programação – A mesa de abertura do seminário contará com as presenças da Secretária de Desenvolvimento Social de Minas Gerais, Elizabeth Jucá, da vice-presidente da FJP, Mônica Bernardi, da coordenadora geral da Escola de Governo  (EG/FJP), Carla Bronzo, e da coordenadora do Egedi, Marina Amorim. Na sequência, a professora de política da Universidade da Antuérpia e co-presidente da Rede de Estudos de Gênero e Sexualidade da Antuérpia (Bélgica), Petra Meier, irá realizar a conferência Representação Política das Mulheres no Mundo. Confira a programação completa aqui.

Egedi – Criado em dezembro de 2014, o Egedi marca a transversalidade dos trabalhos da FJP ao reunir pesquisadoras das mais variadas formações acadêmicas e que atuam em diversas áreas, preocupadas com a perspectiva de gênero, raça e diversidade. Por meio da publicação de estudos e pesquisas sobre representatividade, diversidade e direitos das mulheres, das pessoas negras, dos povos indígenas, da comunidade LGBTQIA+ e das pessoas com deficiência, o grupo mantém seu compromisso com a democracia promovendo pautas voltadas para grupos minorizados.

1º seminário Projeto Ocupa – Presença de mulheres e diversidade nas casas legislativas
26/9/2023, das 9h às 17h
Evento híbrido, gratuito e aberto ao público:
Fundação João Pinheiro (Alameda das Acácias, 70, São Luís – Pampulha)
Transmissão ao vivo pelo canal da FJP no YouTube

Assessoria de Comunicação | Fundação João Pinheiro
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