FJP e PBH debatem estratégias públicas de sucesso para a prevenção ao uso de drogas

Seminário reuniu especialistas, autoridades e servidores municipais para discutir sobre experiências
intersetoriais e inclusivas para a redução de danos e riscos

Servidores municipais, autoridades, lideranças locais e demais interessados pela discussão sobre estratégias públicas para a prevenção ao uso de drogas se reuniram na quinta-feira, 2/2, durante seminário realizado pela Fundação João Pinheiro e a Prefeitura de Belo Horizonte. O evento marcou o encerramento de um programa de formação coordenado pela FJP, realizado entre 2020 e 2022 no âmbito do projeto Intervenção Qualificada em Cenas de Uso de Álcool e outras Drogas, da Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção, com financiamento do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.

A ideia central do Seminário Municipal sobre Experiências e Práticas no Acompanhamento de Usuários em Cenas de Uso de Álcool e outras Drogas foi debater o uso abusivo de drogas como resultado de processos multidimensionais de fenômenos sociais – incluindo fatores ambientais, econômicos e relacionais, entre outros – que, por isto, requerem atuações intersetoriais, inclusivas e calcadas na defesa dos Direitos Humanos.

Participaram da abertura do evento o secretário Municipal de Segurança e Prevenção, Genilson Ribeiro, a diretora geral da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, Maria Isabel Araújo Rodrigues, a secretária Municipal de Saúde, Cláudia Navarro Carvalho, o subsecretário municipal de Assistência Social, José Cruz, o gerente da Regional Noroeste,
Felipe Santos Ferreira e o comandante da Guarda Municipal, Júlio César Pereira de Freitas.

Ao dar as boas-vindas às autoridades e ao público, o secretário Municipal de Segurança e Prevenção, Genilson Ribeiro, afirmou que o seminário se destaca por tratar, de forma multidimensional, de temas tão caros à cidade. “Fico muito feliz e orgulhoso de, nesse momento, ser o secretário de Segurança e por lidar com toda a diversidade do tema. A Secretaria vai para além de pensar na política de segurança do município, o que nos mostra como há uma relação intrínseca entre a segurança e a prevenção, nos mostra a necessidade da discussão, de cuidar, com muito respeito e carinho, das pessoas que estão nas ruas, e de ser capaz de integrar ações com outras secretarias”, observou.

Também na abertura do evento, a diretora geral da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, Maria Isabel Araújo Rodrigues, destacou que o seminário encerra com sucesso o Programa de formação de gestores e lideranças locais para atuação na cena de álcool e outras drogas, coordenado pela FJP. “Mesmo com tantos desafios, fechamos hoje um ciclo de sucesso. Capacitamos 247 pessoas entre 2020 e 2022 e, neste seminário, além de debates e apresentações de referências nacionais sobre o tema, iremos apresentar um plano de prevenção específico para o território da Lagoinha, em Belo Horizonte”, anunciou.

Entre os debatedores, participaram profissionais da Rede de Proteção Social de Belo Horizonte, usuários desses serviços e pesquisadores de diversas instituições. O tema Redução de riscos e danos: possíveis caminhos emancipatórios na ética do cuidado foi tratado pela professora da Universidade Estadual de Campinas, Taniele Cristina Rui, e, em palestra na parte da tarde, Juma Santos, do Coletivo Tulipas do Cerrado, abordou o tema Gênero, Raça e Classe: outras formas de re(existências) das mulheres em situação de rua e que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas.

Lagoinha – A partir do conceito de que a ideia de território é compreendida como dimensão central para o entendimento de determinadas realidades sociais e possibilidades de intervenção no campo da segurança, a equipe da Fundação João Pinheiro apresentou o Plano Local de Prevenção: desenvolvendo intervenções qualificadas em áreas de uso abusivo de
álcool e outras drogas no território da Lagoinha, elaborado por meio de oficinas com servidores da PBH e usuários das políticas públicas. Apresentado pela professora e pesquisadora da FJP, Letícia Godinho, o documento, que passou por um processo de validação com secretários municipais e servidores da PBH, será utilizado como instrumento de trabalho
para as ações do Comitê Coordenador da Agenda Intersetorial de Política sobre Drogas, composto por representantes dos serviços que atuam na Lagoinha.

Assessoria de Comunicação | Fundação João Pinheiro

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