Projeto de estudantes da FJP estreia na programação da Rádio Inconfidência
Iniciativa vai apresentar spots sobre políticas públicas e atualidades
A Fundação João Pinheiro e a Rádio Inconfidência estão celebrando mais uma parceria, desta vez para a produção de spots de um minuto sobre políticas públicas, direitos, diversidade e atualidades. Batizada de Estação Cidadania, a iniciativa tem o objetivo de levar ao cidadão mineiro, às terças e quintas-feiras, às 21h15, informações relevantes e confiáveis de forma descomplicada.
Idealizado pelo estudante do curso de administração pública da FJP Rondinely Lima, o projeto conta com a participação de 14 alunos, que são responsáveis pela apuração, redação da pauta, locução e gravação dos áudios. Criado em 2020, o projeto de extensão universitária tem o objetivo de contribuir com a promoção da cidadania por meio da difusão de informações de interesse do cidadão e da promoção da reflexão.
“A ideia surgiu, antes de mais nada, de um incômodo. É imenso o afastamento que a academia contemporânea, como um todo, possui da população não acadêmica, o que me causa muita tristeza”, explica Lima. A partir disso, o estudante estruturou o projeto e apresentou à direção e à Gerência de Extensão da Escola de Governo da FJP, que abraçaram a ideia e viabilizaram a parceria com a Inconfidência.
Desde o início do trabalho conjunto, a emissora forneceu todo o apoio necessário ao treinamento dos estudantes, orientando sobre o formato do material e a locução dos spots, entre outros pontos, até que todos os detalhes estivessem alinhados ao padrão de qualidade da rádio.
Era das fake news – Outra motivação para a iniciativa foi a crescente disseminação de notícias falsas, especialmente aquelas relacionadas ao contexto de crise em Minas Gerais, no Brasil e no mundo, e à pandemia do coronavírus. De acordo com Lima, informações veiculadas em linguagem acadêmica também reforçam a desinformação, uma vez que são de difícil compreensão para boa parte da população. “O projeto foi idealizado considerando o contexto atual em que o senso comum e falsas verdades têm se disseminado, de forma que a população acaba sendo refém e/ou perpetuando a desinformação”, observa.
Para o estudante, a boa parte do conteúdo veiculado na mídia sobre esses temas acaba sendo “ocultado” por uma linguagem muito técnica, o que tem grandes chances de eliminar o interesse da população pelas informações. “Somente vencendo essas barreiras poderemos alterar o futuro da participação popular no processo de elaboração de políticas públicas, almejando sempre a justiça, a transparência e a horizontalidade”, conclui.