Em 1894, o grande mestre francês, Paul Vidal de Lablache, publicava um atlas que representou, a época, extraordinária inovação. O Atlas General – como se denominou a obra – foi elaborado a partir de levantamento documental e de trabalho exaustivo de gabinete. O material assim obtido foi, então, submetido a um tratamento cartográfico do mais alto nível. Além disso, trouxe algumas grandes novidades. Em primeiro lugar, era simultaneamente geográfico e histórico, pois Lablache tinha a convicção de que uma abordagem estava intimamente ligada a outra. Em segundo lugar, a forma de apresentação original fazia com que, para cada região tratada, um certo número de mapas e encartes, organizados tematicamente, aparecesse de maneira justaposta, de modo a estimular o leitor a visualizá-los conjuntamente, compará-los e, a partir daí, estabelecer o maior número possível de conexões. Em resumo com Vidal de Lablache o atlas, pela qualidade estética da apresentação, continua a ser objeto de contemplação, mas, a partir de Lablache, ganha nova e fundamental dimensão, a de poderoso estímulo a reflexão.
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