Gestão da informação e infraestrutura de dados espaciais são temas de webinário da FJP

A Fundação João Pinheiro (FJP) realizou, nesta quarta-feira (1/6), o webinário gestão da Informação e Infraestrutura de Dados Espaciais de Minas Gerais. Parte da série especial Webinários Estatísticas FJP, o evento apresentou as experiências de três plataformas geridas por órgãos estaduais.

Pesquisador da área de informações territoriais da FJP, Rodrigo Cavalcanti, apresentou a Infraestrutura Estadual de Dados Espaciais (Iede), que teve sua implantação e desenvolvimento iniciados em 2011, no extinto Instituto de Geociências Aplicadas (IGA). Atualmente sob coordenação da Fundação João Pinheiro, a Iede objetiva promover o adequado ordenamento na geração, armazenamento, acesso, compartilhamento, disseminação e uso dos dados geoespaciais de origem estadual, em proveito do desenvolvimento de Minas Gerais.

A plataforma também tem como propósito promover a utilização dos padrões e normas homologados pela Comissão Nacional de Cartografia na produção dos dados geoespaciais pelos órgãos e entes públicos estaduais e evitar a duplicidade de ações e o desperdício de recursos na obtenção de dados geoespaciais pela administração pública.

“Na Iede, o usuário coleta diferentes tipos de dados e ele mesmo faz o tratamento”, explicou Cavalcanti. “Temos um desafio grande com a plataforma no desenvolvimento de um visualizador de camadas que proporcione algo mais ao usuário do que simplesmente essa coleta de dados, como análises e recortes regionais, além de uma maior articulação com os órgãos e entidades estaduais para integração desses dados”, destacou.

Felipe Ladislau, gestor ambiental na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e membro suplente do Comitê Gestor da Infraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IDE Sisema), apresentou a plataforma. Segundo ele, o Sisema vem trabalhando, desde 2014, na implementação de uma infraestrutura de dados espaciais. A interface atual foi lançada em 2018 e, desde então, está sempre em evolução.

“Um dos principais pontos de qualidade da IDE Sisema, e que também ocorre com a Iede, é a horizontalidade, ou seja, o caráter de compartilhamento não apenas dos dados, mas do conhecimento. A IDE surgiu de uma necessidade intersetorial dos quatro órgãos que compõem o Sisema, de organizar esses dados”, explicou. “Outro ponto bastante positivo é o diálogo com outras entidades, como a Fundação João Pinheiro, para evoluirmos ainda mais, inclusive com a interoperabilidade entre os sistemas”, afirmou Ladislau.

O vice-diretor geral do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), Matheus Novais, falou sobre dois grandes desafios do órgão na gestão de dados espaciais. “O primeiro é fazer a gestão dos ativos rodoviários do DER, pois são mais de 25 mil quilômetros de rodovias, e estamos batalhando para construir e aprimorar nossas ferramentas geoespaciais nesse sentido, para que sejam acessíveis tanto para os técnicos como para os cidadãos”, apontou. “O segundo é o monitoramento das nossas obras em andamento. Já demos alguns passos nesse sentido e hoje disponibilizamos esse acompanhamento de forma integrada com nosso sistema corporativo, no Mapa de Obras, vinculando as informações geoespaciais com o contrato de execução. Mas estamos longe do ideal e ainda temos muito a evoluir e agregar nessa plataforma”, ressalta.

A gravação do webinário está disponível no canal da FJP no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=WttFcACRYmQ.