MG acumula saldo comercial de US$19,1 bi em 2024
Em setembro, superávit foi de US$1,8 bilhões. Estado é o segundo maior exportador do país com participação de 11,9%.
As exportações de Minas Gerais cresceram 5,5% e as importações avançaram 6,8% no acumulado dos nove primeiros meses de 2024, se comparadas ao mesmo período de 2023. Entre janeiro e setembro deste ano, o estado registrou saldo comercial de U$$19,1 bilhões, segundo maior valor do período 2020-2024, atrás apenas do saldo do período alcançado em 2021 (US$20,7 bilhões).
Somente em setembro o superávit foi de US$1,8 bilhões com as exportações alcançando US$3,4 bilhões e as importações US$1,6 bilhões. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as exportações aumentaram 3% e as importações, 28,1%. O estado se posicionou como o segundo maior exportador do país, com participação de 11,9%, atrás apenas de São Paulo (21,7%). No Brasil, o superávit foi de US$5,3 bilhões em setembro de 2024, com crescimento de 0,3% nas exportações e de 19,9% nas importações frente ao mesmo mês do ano passado.
Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic) para Minas Gerais estão disponíveis no novo painel interativo da Fundação João Pinheiro. Com dados atualizados esta semana, a ferramenta da FJP tem o objetivo de auxiliar gestores públicos na criação de políticas públicas baseadas em evidências. O painel interativo expande as possibilidades de análise da composição e dos fluxos do comércio internacional de Minas Gerais e sintetiza uma base de dados com valores de exportação, importação, saldo comercial e do comércio do estado com os principais parceiros, além de destacar os produtos mais comercializados do estado com outros países para o período de 2020 a setembro de 2024.
Números – O acumulado de 2024 registrou crescimento de 7,9% e de 36,1% nas exportações de minério de ferro e café, respectivamente, na comparação com as exportações dos nove primeiros meses de 2023. Juntos, esses produtos representaram cerca de 50% da pauta mineira. Nas importações, o crescimento de 6,8% foi resultado do aumento das compras de máquinas e equipamentos mecânicos (+18,8%); máquinas e equipamentos elétricos, (+2,2%); e veículos automóveis (+5,8%). Esses produtos corresponderam a aproximadamente 40% da pauta.
Comparando setembro de 2024 a setembro de 2023, as exportações de minério de ferro recuaram 14,5% e as de açúcares 10,2%. Em contrapartida, as exportações de café aumentaram 69,3%; as de produtos siderúrgicos, 1,9%; e as de ouro, 8%. Esses cinco produtos juntos corresponderam a quase 70% da pauta de exportações do mês, com destaque para a participação do minério de ferro (28,7%) e do café (21,2%).
As importações de veículos automóveis cresceram 75,6%; máquinas e equipamentos mecânicos, 37%; máquinas e aparelhos elétricos, 7,2%; adubos, 2,7%; e produtos químicos orgânicos, 33,4%. Esses cincos produtos alcançaram mais de 50% do valor total das importações mineiras em setembro de 2024.
Parceiros – Os principais destinos das exportações de Minas Gerais foram a China, cuja participação no valor total decresceu de 42,4% em setembro de 2023 para 29,3% em setembro de 2024, e os Estados Unidos, com participação de 12,8% frente a 8,9% na mesma base de comparação.
Apesar da queda de participação da China em setembro, puxada pela retração das vendas de soja (-62,4%), a participação do país permaneceu estável no acumulado do ano, próxima a 40%. China e Estados Unidos também foram as principais origens das importações no mês de setembro, com participações de 26% e 12,1%, respectivamente.
Fundação João Pinheiro | Assessoria de Comunicação