Gênero e diversidade

O projeto é um desdobramento de outro já concluído, de avaliação do primeiro mandato da Deputada Estadual de Minas Gerais Andréia de Jesus (1919-2022). O seu objetivo é colaborar com a ocupação feminista dos espaços de poder, desenvolvendo ações para apoiar mulheres feministas e antirracistas eleitas para o Poder Legislativo. As ações em desenvolvimento no âmbito do projeto são as seguintes: 1) elaboração de um guia de orientação para mulheres eleitas; 2) elaboração de um manual de avaliação de mandatas feministas e antirracistas; 3) realização de um evento técnico-científico com foco em representação política das mulheres; 4) desenvolvimento de um serviço de apoio para chefes de gabinete.

A relação entre mulher negra e poder é um tema imprescindível perante a agenda da igualdade racial e seus temas concernentes. Partimos do pressuposto de que as experiências vividas por mulheres negras em cargos de poder no trabalho possuem uma função social de transformação importante. Em outras palavras, a exemplaridade configura-se uma mola mestra de motivação e acreditação sobre o possível.

Em um cenário marcado com poucas experiências de mulheres negras no poder, apesar de apresentar-se emergente, propomos uma investigação capaz de evidenciar os determinantes de raça e de gênero no percurso de ascensão das mulheres negras nas instâncias de poder e de decisão políticas.

Nesse contexto, o projeto se constituiu em uma pesquisa exploratória que procurou aprofundar o conhecimento acerca dos caminhos percorridos, as resistências vencidas, os obstáculos superados, e as conquistas obtidas pelas gestoras negras. Buscou-se investigar como os critérios de qualificação técnica se combinaram ao recorte de gênero e de raça, de forma a romper com a lógica excludente presente nas estruturas de poder do país.

A partir das informações colhidas, sistematizas e analisadas à luz das problemáticas apontadas pela literatura e pelos movimentos de mulheres negras, foram produzidos documentos para incitar e subsidiar reflexões em torno dos caminhos e condições para ascensão da mulher negra no trabalho. Assim, buscou-se dar visibilidade às mulheres negras no mundo do trabalho e na administração pública, entendida como condição importante para seu empoderamento e alcance da igualdade racial e de gênero.

O trabalho envolveu a definição de metodologia para a elaboração do Plano Estadual de Política para as Mulheres de Minas Gerais, o apoio técnico à Subsecretaria de Política para as Mulheres de Minas Gerais na condução dos trabalhos e na elaboração dos documentos técnicos resultantes do processo.

Quem são, afinal, as mulheres do campo de Minas Gerais? Quais são os contornos das trajetórias de vida, de lutas e de trabalho com a terra dessas mulheres? Como esses contornos se configuram? Este projeto de pesquisa se propôs a enfrentar tais questões, procurando elucidá-las com base nas trajetórias de 13 mulheres do campo mineiras, uma indicada por cada movimento, organização ou rede que ajuda a compor a Articulação de Mulheres do Campo de Minas Gerais.

Seu objeto de estudo foram essas trajetórias de vida, de lutas e de trabalho com a terra. Seu objetivo geral foi reconstruí-las e analisá-las, tendo em vista, primeiramente, a elaboração de uma biografia coletiva, publicada em formato de um livro e de um conjunto de materiais didático-pedagógicos para a educação básica, com o intuito de dar visibilidade às mulheres pelo viés do trabalho.

Livros infanto-juvenis:

Este projeto de pesquisa, primeiramente, reconstruiu e analisou as trajetórias profissionais de egressos do Curso Superior de Administração Pública (CSAP) da Escola de Governo (EG) da Fundação João Pinheiro (FJP), conhecidos como Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG). Além disso, ele observou, em meio a esse processo de reconstrução e análise de trajetórias, se haveria variações significativas de percurso profissional por classe, gênero, raça e cor, e, caso houvesse, buscou identificar quais variações seriam essas e elencar hipóteses sobre o que estaria na origem dessas variações. Por fim, o projeto almejou compreender porque a taxa de evasão da carreira é tão alta, equivalente a pouco menos de 36%, a despeito de todos os incentivos existentes para se permanecer na carreira.