Minas Gerais: Monumentos Históricos e Artísticos — Circuito do Diamante

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O estudo do barroco no Brasil não é, em registro datável, um fato cultural ou vetor intelectual recente, já que as primeiras manifestações em nível de pesquisa ou mesmo de incipientes análises estilísticas e críticas remontam a quase um século. Pode-se dizer que, após a hibernação a que a omissão do nervo sensível e o preconceito submeteram as criações do estilo, ou a ele ligadas, a um desinteresse generalizado, mas de certa forma compreensível, por todo o século XIX, pela grande expressão de nossa idade inaugural, ou seja, da pré-nacionalidade colonial, a tomada de consciência diante da importância, singular e remarcante do barroco se verificaria entre nós virtualmente de modo simultâneo à redescoberta e revisão das matrizes européias da superior e revolucionária arte dos anos seiscentos/setecentos. E cabe dizer desafeição e distanciamento compreensíveis até certo ponto na centúria oitocentista porque, ao espelho do que ocorria na órbita dos países padronizadores do pensamento crítico e das inclinações estéticas, também o Brasil acompanhava a tendência estabilizadora e amaciadora do gosto acadêmico do século XIX, cambiando a sua recepção artística aos tiques neoclássicos e românticos de um ecletismo diluidor do fácil e digestivo, do estoque e do papel de parede.

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Memória Sobre a Capitania das Minas Gerais: Seu Território, Clima e Produções Metálicas

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O texto de José Vieira Couto, Memória sobre a Capitania das Minas Gerais: seu território, clima e produções metálicas, que o Centro de Estudos Históricos e Culturais da Fundação João Pinheiro ora publica, se insere num contexto mundial mais amplo, marcado por profundas mudanças.

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Instrução para o Governo da Capitania de Minas Gerais

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A Fundação João Pinheiro, através do seu Centro de Estudos Históricos e Culturais, ao criar a sua Mineiriana, tinha, necessariamente, de incluir, no programa, o texto de José João Teixeira: Instrução para o governo da Capitania de Minas Gerais. Escrita em 1780, foi publicada, de modo parcial e arbitrário, em 1844, no tomo VI da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Publicou-se com o título Extrato da memória manuscrita do Doutor José João Teixeira (seguramente o nome correto), mas de forma estranha, em escolha discutível de certas partes e com algumas diferenças no cotejo com a edição de 1853, decerto criteriosa e exata. O texto dilatado de um livro é reduzido aqui a 13 páginas. De acordo com a nota entre parêntese no fim, a Memória foi oferecida de Minas ao Instituto pelo seu sócio correspondente, Manoel José Pires da Silva Pontes, datada de Vila de Santa Bárbara, a 18 de março de 1844. O único mérito dessa edição é de ter sido a primeira vez em que se chamava a atenção para o importante documento.

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